oficialmente, os comentários são parcos. simmon o´connor, porta-voz da comissão diz ter “visto” as declarações, mas anota: “as discussões sobre a saída do programa só vão ter lugar mais tarde”. por agora, acrescenta, “a comissão está totalmente focada em apoiar o governo na implementação do programa”.
a oito meses do final do resgate actual, o caso português é visto com enorme reserva na europa – “nos antípodas do que se passa com a irlanda”, refere um eurocrata. vejam-se as diferenças. “a irlanda está a dois meses de acabar o seu memorando e as taxas de juro a 10 anos, no mercado secundário de negociação de dívida, estão nos 3,6%, o que é excelente”. por isso, anota a mesma fonte, o governo irlandês está entre duas vias: sair sozinho e emitir dívida sem apoio da europa (e sem um novo programa de austeridade); ou entrar num programa cautelar, que é uma espécie de seguro contra riscos eventuais, uma linha de crédito à mão para quando necessário.
quanto a portugal, a opção será bem diferente. “as hipóteses de sair sem apoio são muito, muito escassas”, reconhece um membro do governo. restam duas opções: programa cautelar ou segundo resgate. ou três, se incluirmos o pior cenário, o de reestruturação da dívida.
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