Jantar em pé, mas com precauções

Tenho uma casa pequena, e só posso convidar grupos maiores se for para jantar em pé. Isso fica muito mal? Margarida Chaves.

jantar em pé, em si, não tem nada de mal. a leitora tem uma casa pequena, como quase toda a gente, mas há quem dê recepções em pé em grandes palácios, tanto pessoas particulares, como oficiais.

todas as casas servem para receber convidados, e nem sempre há lugares sentados à mesa, ou o necessário serviço a condizer. nestes casos, vai-se pelo em pé. o que é preciso é imaginação, graça, naturalidade – e atenção aos detalhes, para que os convidados se sintam bem e achem que valeu a pena a deslocação às nossas casas.

a mesa e a comida são essenciais nas relações das pessoas. basta que sejam realmente boas, ainda que sem luxos.

mas, claro, mesmo com grande informalidade há um limite para o número de convidados, directamente relacionado com o espaço disponível e sua circulação natural (e coberto, se houver risco de chuvas ou intempéries).

com pouca gente, convém que as pessoas se dêem todas bem, para não haver riscos de agressões ou loiças partidas (em multidões, as zangas atenuam-se).

de resto, o normal: tudo arrumado e bem arranjado, de preferência com flores, casa de banho limpa e simpática, se for mesmo para comer em pé evitar pratos que exijam faca – e se, por falta de serviço, se optar por ‘baixela’ de papel ou plástico, qualquer makro já nos dá hipóteses de fazer boa figura.

se vir que ninguém se demora, é porque alguma coisa correu mal. talvez nem tenha sido a comida ou a decoração, mas só a conversa.