no final da reunião entre vários membros do governo e o colégio de comissários, o português que preside à comissão quis deixar uma mensagem de responsabilização do país perante os seus compromissos.
“portugal tem vindo a cumprir com sucesso, dá-nos a convicção de que pode concluir com êxito. mas ainda há trabalho a fazer. é prematuro estar a especular” sobre o programa cautelar. barroso usou a irlanda como exemplo de que “os programas funcionam” e para mostrar que é cedo para falar da saída do resgate em portugal.
quanto ao tc, foi cauteloso: “nunca a comissão criticou o tc. temos o maior respeito e reconhecemos ao tc o dever de verificar se as normas adoptadas pela ar são ou não compatíveis com a respectiva constituição.” mas as decisões têm um preço, não deixou de dizer durão barroso. “o que a comissão tem o dever de fazer é salientar as implicações de determinadas decisões. não é a ce que vai dizer se a decisão é correcta ou incorrecta. se forem consideradas inconstitucionais as principais decisões da ar, isso pode sem duvida colocar em causa” o regresso em tempo aos mercados.
nesse caso, acentuou, o governo “terá de substituir as medidas por outras, provavelmente mais gravosas, que provavelmente terão efeito mais negativo em termos de crescimento”. este é o entendimento da troika, mas “também é o entendimento dos países do euro”, disse, explicando que serão estes a tomar a decisão final sobre o pós-resgate.
quanto a passos coelho, aproveitou para saudar o regresso das taxas de juro do país a 10 anos a um nível inferior a 6%, reiterando que “é ponto de honra para este governo cumprir as metas com o mesmo envelope financeiro”. “lutaremos com todas as nossas forças para concretizar este orçamento” para “restaurar confiança”.