o governo teme que portugal caia num segundo resgate já em dezembro. o cenário tem base na hipótese de um chumbo do tribunal constitucional (tc) à lei de convergência das pensões da caixa geral de aposentações (cga) com as da segurança social.
“é possível que isso leve a um corte do rating da república e, depois, da banca”, admite um ministro. neste caso, com uma nova subida dos juros da dívida o segundo resgate seria praticamente automático, qualquer que fosse a reacção do governo, teme a mesma fonte, sustentando que é a reacção dos mercados (não são “controláveis”, desabafa-se no governo) e não dos credores a que preocupa.
esta semana o presidente da comissão europeia, durão barroso, confirmou os piores receios do governo. se forem consideradas inconstitucionais as principais medidas do oe “isso poderá sem dúvida colocar em causa o regresso de portugal aos mercados na data prevista, isto é para nós uma evidência”, afirmou em conferência de imprensa, em bruxelas, ao lado de passos coelho, assumindo, sem o nomear explicitamente, o segundo resgate.
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