um dia depois de o alvo ter sido a ministra das finanças, maria luís albuquerque, psd e cds aproveitaram a conferência de líderes parlamentares para insistir com assunção esteves, defendendo que a ar_devia fazer uma participação ao ministério público das pessoas que quebram as regras parlamentares. uma participação levaria aquelas pessoas a tribunal – trata-se de um crime público –, sendo depois proibidas de entrar na assembleia. em si mesmo, o processo seria um desincentivo a novas iniciativas.
a presidente do parlamento, porém, recusa fazê-lo, deixando na mãos das autoridades policiais fazer a identificação dessas pessoas, se assim o entender. “sendo um crime público, nada impede as autoridades” de agirem, terá dito assunção esteves, no relato do porta-voz da conferência de líderes, duarte pacheco. a única decisão tomada foi, assim, a de se elaborar um “estudo” que compare as regras de acesso ao parlamento noutras assembleias.
pela parte da cgtp, a central sindical mostrou esta semana uma nova etapa no tipo de protestos contra o governo, com a invasão dos átrios de quatro ministérios. arménio carlos afasta a ideia de que o protesto vem a reboque dos apelos de mário soares na aula magna. “não pautamos a nossa actuação pela actuação de outros”, afirma ao sol. o protesto estava marcado desde 1 de novembro, quando foi anunciado o dia da indignação.
o líder da cgtp desmente que vá haver uma intervenção mais musculada. “temos dado provas de que somos contra a violência. a violência que há é do governo contra os trabalhadores”. sobre a manifestação de polícias que ultrapassou as grades em frente ao parlamento diz que “foram protestos legítimos. o desfecho não teve nada de especial”.
*com manuel a. magalhães