Presidenciais: Os outros candidatos da Direita

Nem europeias, que são daqui a quatro meses, nem legislativas, daqui a ano e meio: Passos Coelho decidiu foi incendiar o debate sobre as eleições presidenciais, a dois anos de distância. Marcelo Rebelo de Sousa afastou-se da lista de presidenciáveis. As alternativas são Durão, Rio ou Mendes.

o europeu

durão barroso, de 57 anos, termina o mandato à frente da comissão europeia no outono. o seu futuro pode passar por continuar num cargo internacional (conselho europeu, nato ou onu) ou, então, regressar a portugal. nas sondagens sobre presidenciáveis, o nome do ex-primeiro-ministro é quase irrelevante. a forma como trocou a chefia do governo pelo cargo na comissão europeia, em 2004, ainda pode pesar na avaliação que as pessoas fazem. com pedro passos coelho, contudo, barroso tem uma boa relação e, por força dos cargos que os dois ocupam, esse contacto é frequente.

o rival

rui rio é visto na opinião pública como o adversário interno de passos coelho. quem não gosta do primeiro-ministro, elogia o ex-autarca do porto. contudo, as pontes entre os dois não estão quebradas. passos desafiou-o recentemente para o banco do fomento e os mais próximos do primeiro-ministro fazem questão de frisar que uma coisa é rui rio, outra são os militantes que desejavam que ele concorresse à presidência do psd contra o actual líder. de qualquer forma, rio, de 56 anos, conta com o apoio da ala cavaquista do psd e é visto como um homem rigoroso e da velha social-democracia.

a reserva

marques mendes, de 56 anos, é outra das reservas do psd. com vasta experiência de governo e uma passagem rápida pela presidência do psd, tornou-se nos últimos anos uma referência no comentário político. marcelo reviu-se nas críticas de passos coelho ao que deve ser um perfil presidencial, mas houve sociais-democratas que apontaram o dedo também a mendes. pedro passos coelho chegou a ser seu vice-presidente, mas demitiu-se ao fim de pouco tempo, em 2006, alegando descrença no rumo que o psd estava a seguir. nos meses que antecederam a sua saída, os dois quase não falavam, dizia.

helena.pereira@sol.pt