O líder da CGTP diz que “a lógica das medida não permite ao Governo regressar ao ponto de partida. Daí os novos cortes”. Perante os dois mil milhões de austeridade acrescida, Arménio Carlos recusa a ideia de que depois de 17 de Maio a acção sindical poderá abrandar. “Só quem está distraído ou quer omitir a realidade poderá não ver que o nível de intervenção da CGTP é um dos maiores dos últimos anos. A luta não vai parar com a saída da troika”.
As acções da central sindical incluem uma ofensiva dos trabalhadores do Estado (concentração da Administração Local, dia 11, e manifestação da Função Pública, dia 14). Ontem, a CGTP esteve com os polícias que se manifestaram frente ao Parlamento.
Noutro plano, Arménio Carlos promete que pedirá aos partidos “a fiscalização da constitucionalidade de novos cortes no rendimento de funcionários e pensionistas”. A UGT seguirá o mesmo caminho, sabendo que os partidos da esquerda parlamentar serão receptivos.
Esta semana, o anúncio de que o Governo vai cortar as indemnizações por despedimento ilegal veio acrescentar uma nova frente de combate. O 1.º de Maio vai ser um momento de afirmação sindical. Mas nem os 40 anos do primeiro Dia do Trabalhador comemorado em liberdade, juntará as duas centrais. “Estaremos juntos no desfile do 25 de Abril na avenida”, contrapõe Carlos Silva.