“Foram cerca de 24 horas, o tempo que demorou a conseguir as assinaturas”, conta o ex-coordenador do BE, que usou os seus contactos como professor universitário para espalhar a mensagem. “Mandei o texto para umas dez ou vinte pessoas”. A lista inclui notáveis do pensamento económico, como Marc Blyth, distinguido pelo Finantial Times como autor do melhor livro de 2013 (Austeridade), José Antonio Ocampo, secretário-geral adjunto da ONU e consultor do FMI, ou ainda Michael Ash, consultor do Banco Mundial.
O texto que assinaram é uma versão condensada do manifesto lançado por portugueses. “Manifesta a necessidade de reestruturar a nossa dívida e de acabar com a política de austeridade, substituindo-a por políticas de crescimento e emprego”, diz Louçã.
João Cravinho sublinha que este novo manifesto tem uma dupla importância. Mostra que economistas notáveis, de várias escolas do pensamento, “estão contra a aplicação em Portugal da teoria da recessão expansionista”, uma política de austeridade que não promove o crescimento. E acaba com a ideia de que há assuntos que não se podem discutir – “um absurdo, no século XXI”.