De acordo com o Catálogo de Estudos de Mercado do I Trimestre de 2014 – publicado pelo Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, e referindo o relatório de Inverno do Banco de Portugal -, as projecções apontam para uma recuperação moderada da actividade no período 2014-2015. Segundo as estimativas do Banco de Portugal, 2013 traduziu-se negativamente em termos de crescimento económico, com um valor de -1,5%. Para 2014 prevê-se um crescimento a rondar os 0,8%, reflectindo a progressiva recuperação da procura interna e o crescimento das exportações. O consumo privado registou em 2013 uma quebra estimada de 2,0%, e para 2014 é igualmente expectável também um ligeira melhoria (0,3%).
Crescimento a partir de 2015
De acordo com o relatório, o investimento residencial deverá apresentar um perfil de recuperação, após uma contracção de 15,9% em 2013. Se este ano será de estabilização, para 2015 já se perspectiva um crescimento de 1,7%.
São boas notícias que incentivam o mercado. De facto, para o primeiro trimestre do ano, a expectativa é de algum optimismo face ao desenvolvimento do mercado e ao provável aumento de captação de investimento tanto nacional como internacional. Segundo o Inquérito Mensal de Conjuntura para os próximos meses, a evolução de valores praticados, para a generalidade dos inquiridos, é mais optimista, comparativamente aos primeiros meses do ano passado.
De acordo com o inquérito, cerca de 58% da totalidade dos inquiridos cerca actuam em quatro a seis segmentos de mercado, mas 19,2% mencionam actuar num único segmento.
Agregando a totalidade do ano de 2013, com maior nível de actuação por parte das empresas de mediação imobiliária destacam-se com 99,8% o segmento Residencial (99,8%), os Terrenos Urbanos (66,5%) e o Comércio (65,7%). O segmento que registou um menor nível de concentração, na generalidade das empresas de mediação, foi a indústria (30,5%).
Relativamente às razões apontadas para os principais obstáculos ao desenvolvimento do mercado, destacaram-se os factores associados à esfera económica. A crescente restritividade na concessão de crédito à habitação foi incluída em 84% das observações; 81,4% referiram a diminuição do poder compra das famílias; e 79% das respostas destacaram a instabilidade no mercado de trabalho.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP