A proposta que o Governo tinha entregado aos parceiros dispunha que suplementos como subsídios de turno, de penosidade, de cargas, trabalho suplementar, exclusividade ou isenção de horário pudessem ser cortados sempre que a convenção chegasse ao fim sem que houvesse renegociação.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, considerou "excessivo" dizer que o Governo recuou nesta matéria, entendendo antes que o Executivo mostrou "disponibilidade para flexibilizar essa questão para manter o amplo consenso dos parceiros sociais".
O pacote sobre negociação colectiva dominou a reunião entre o Governo e os parceiros sociais. As propostas incluem a redução do período de vigência das convenções, de cinco para dois anos, e também o encurtamento do prazo durante o qual sindicatos e patrões podem chegar a acordo sobre a sua renegociação.
Arménio Carlos, líder da CGTP, entende que o Governo quer liquidar a negociação colectiva. "Finge que dá com uma mão e tira com duas", disse o dirigente sindical. Pela UGT, Lucinda Dâmaso diz que a central sindical irá analisar com cuidado as propostas e que o consenso não se conseguirá "a qualquer preço"
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