Francisco Assis falava em Coja, no concelho de Arganil, numa paisagem serrana junto à uma das margens do rio Alva, numa intervenção em que evocou a memória do fundador do PS, médico e antigo governador civil de Coimbra, Fernando Valle, destacando os seus "valores éticos, cívicos" no plano moral e os seus valores ideológicos "republicanos, democráticos e socialistas".
Partindo da "utopia" de um país mais justo e livre de Fernando Valle, mais igual e mais fraterno, o ‘número um’ europeu do PS lançou um duro ataque ao Governo na sequência da divulgação pública dos mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano.
"É urgente uma mudança política em Portugal. As políticas de austeridade absoluta que estão a ser prosseguidas por este Governo, em obediência cega a uma orientação doutrinária extremista, estão a produzir resultados catastróficos", advogou.
Assis disse então que, "contrariamente à euforia propagandística do Governo, a economia portuguesa continua confrontada com gravíssimas dificuldades".
"Estamos perante a prova da inconsistência da política económica do país. Este Governo vive entrincheirado num mundo de fantasia, afastado da realidade e incapaz de perceber as consequências da sua política errada", criticou ainda o ex-líder parlamentar do PS.
Antes de Francisco Assis, discursaram o presidente da Câmara de Arganil, Fernando Valle (neto do fundador do PS), e o líder da Federação do PS/Coimbra, Pedro Coimbra.
Pedro Coimbra pediu um voto no dia 25 contra a liderança europeia de Durão Barroso e de Merkel, e contra um Governo português submisso a esse poder.
"Vamos mostrar um cartão vermelho a este Governo", apelou o líder do PS/Coimbra.
Lusa/SOL