Em causa estão salários e direitos de imagens que ascenderão a 7,4 milhões de euros, relativos aos anos de 2002 a 2008, coincidindo com o período em que Scolari foi responsável pela selecção nacional – remunerações que recebeu através de offshores. A Procuradoria-Geral da República, que confirmou esta terça-feira o inquérito e a constituição de arguido à agência Lusa, informou que pediu a colaboração das autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e Brasil para esclarecer os factos sob investigação.
Recorde-se que já em Junho de 2008 o SOL noticiou que o DCIAP tinha detectado indícios de evasão fiscal por parte de Felipe Scolari no âmbito da Operação Furacão. Um dos bancos investigados neste processo, o BPN, foi um dos patrocinadores do treinador.
Na altura, Scolari negou de forma veemente as suspeitas, o que repetiu esta semana: “Fiz todas as minhas declarações de rendimentos correctamente. Em todos os países em que trabalhe, sempre declarei os meus rendimentos”.