Numa acção de campanha na Biblioteca Municipal de Palmela, Paulo Rangel afirmou que os socialistas "ainda não tiveram a coragem de trazer José Sócrates à campanha, mas todos os dias dizem que a herança foi excelente, que é preciso mais estradas, mais estádios", e defendeu que a escolha no dia 25 de maio é entre "seguir em frente" ou "regressar a 2011, à bancarrota".
"Faço, por isso, um apelo, a todos, a todas, mas em especial àqueles que são da área socialista, que são da esquerda e do centro-esquerda e que estão a pensar votar no PS, para que reconsiderem, para que se lembrem bem do que aconteceu a Portugal em 2011 e para que vejam com atenção, com cuidado, que proposta está a fazer o PS", acrescentou o social-democrata, sustentando que "eles não mudaram" e "querem voltar, sem arrependimento", à "irresponsabilidade financeira".
Paulo Rangel insistiu para que os potenciais votantes no PS "ouçam com atenção" o discurso dos candidatos socialistas e da atual liderança de António José Seguro, que alegou ser a favor de "grandes investimentos públicos" e de "mais e mais despesa".
Noutro momento da sua intervenção, o atual eurodeputado do PSD considerou que as mulheres "sabem melhor do que ninguém o que custou a crise", e pediu-lhes: "Que cada uma delas pare dois minutos para pensar se não vale a pena no dia 25 de Maio, primeiro, ir votar e, segundo, votar não naqueles nos prometem mundos e fundos e que querem regressar a 2011 mas naqueles que nos prometem apenas o possível, mas garantem que nós não vamos voltar atrás".
"Queremos mesmo outra vez os socialistas a definirem a nossa política em Bruxelas ou em Portugal?", interrogou.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às eleições europeias argumentou que "os portugueses estão exauridos e estão esgotados, não aguentam mais outra vez ter de passar por esta sina de gastar, gastar, e depois pagar em dobro e com sacrifícios".
Paulo Rangel fez também uma crítica em particular ao cabeça de lista do PS: "Naquele tom barroco e arredondado de Francisco Assis, que fala sempre com altas palavras, sempre com palavras complicadas – tudo é verbo, tudo é retórica -, faz a defesa dos investimentos públicos. Para mim, aquilo que ele representa é o país dos elefantes brancos".
"Nós queremos crescer, queremos emprego, queremos alívio dos sacrifícios, mas com responsabilidade, com a certeza de que não voltamos atrás, de que não repetimos o passado", contrapôs.
Lusa / SOL