"Cumprimos com as nossas obrigações, voltámos a criar um elo de confiança com aqueles que nos podem financiar e, por isso, demos um primeiro passo importante para que o país se pudesse reconciliar politicamente com o seu Governo, com os seus políticos, com os seus partidos", declarou Pedro Passos Coelho, durante um jantar comício da candidatura PSD/CDS-PP às eleições europeias, em Aveiro.
Na sua intervenção, o presidente do PSD considerou que os "resultados decepcionantes" apresentados por "muitos políticos" justificam que os portugueses se tenham afastado "da participação política", mas que "o país se mobilizou há três anos para mudar de rumo", e apelou a que essa "mobilização cívica" se repita nas eleições europeias.
Numa alusão à data apontada para a conclusão do programa de resgate a Portugal, Passos Coelho afirmou: "Estamos exatamente a um dia de poder dizer a essas portuguesas e a esses portugueses que confiaram em nós para voltar a erguer o país que demos conta do recado".
"Estas eleições são, portanto, uma segunda oportunidade cívica para o país se pronunciar. Eu nunca receei em tempo algum o julgamento dos portugueses", acrescentou o chefe do executivo PSD/CDS-PP, que elogiou a forma como estes dois partidos souberam "pôr a partidarite de lado" e governar juntos.
Passos Coelho apelou aos portugueses para que nas eleições de dia 25 mostrem que "Portugal não está voltado de costas para a Europa" e que saiu do "buraco" e caminha pelo seu pé.
A este propósito, condenou "quem pensa que as eleições europeias são uma oportunidade excelente para apresentar as linhas gerais do programa de Governo que haverá de ser discutido daqui a quase ano e meio nas eleições legislativas", referindo-se ao PS.
Num tom "de confiança", o primeiro-ministro falou da crise no passado: "Sabemos os tempos difíceis que passámos e, se passámos por eles, hoje temos algum direito de dizer, sem ser acusados de triunfalismo, que valeu a pena ter vencido os obstáculos, ficámos talvez em melhores condições, mais preparados para lutar pelos tempos que aí vêm, e continuamos a precisar do apoio dos portugueses e das portuguesas para fazer o que ainda é preciso, que é muito, porque temos um país e uma Europa para poder crescer, para criar emprego, para corrigir as injustiças sociais que ainda temos, para, no fundo, oferecer uma adequada oportunidade a todas portuguesas e portugueses".
Em seguida, chamou ao palco os candidatos da Aliança Portugal Paulo Rangel e Nuno Melo para juntos saudarem "as portuguesas e os portugueses por esta mobilização cívica que, com certeza, irão mostrar a Portugal e à Europa".
Lusa / SOL