‘Não há razões para euforia’

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que “não há razões para euforia” mas também não há motivos para pensar que “as coisas possam correr mal”, considerando que os sacrifícios “valeram a pena”.

‘Não há razões para euforia’

"Não devemos passar mensagens de euforia ou satisfação injustificada. E ninguém no Governo e no PSD passa mensagens desligadas da nossa realidade, mas não devemos, numa altura em que concluímos parte das nossas tarefas, deixar de mostrar que os sacrifícios dos portugueses valeram a pena. E que estamos agora em melhores condições do que estávamos para encarar o futuro", declarou.

O primeiro-ministro respondia aos jornalistas após um encontro com o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que decorreu na sede do PSD, em Lisboa.

Um dia depois de o Governo assinalar, com a realização de um Conselho de Ministros extraordinário, a saída da 'troika' e o fim do programa de assistência financeira, Passos Coelho defendeu que, se o país "mantiver a responsabilidade orçamental, não há nenhuma razão para que não seja bem sucedido no futuro". 

Questionado sobre as afirmações do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros extraordinário, Passos Coelho considerou que é uma evidência que se "alguma coisa correr mal não é o cautelar que se vai pedir porque esse pede-se antes". 

"Não vejo em qualquer caso alguma razão para que corra mal", disse Passos Coelho, que disse que o dia 17 de Maio foi "um momento carregado de simbologia" e destacou o apoio dos parceiros europeus e do então presidente do Eurogrupo e hoje candidato a presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker. 

Manifestando o apoio do PSD a Juncker, que disse ser "um amigo de Portugal", Passos Coelho afirmou que a União Europeia precisa de ser "mais coesa, mas responsável e mais solidária".

Ao lado de Passos Coelho, Juncker apelou para os portugueses "não acreditarem naqueles que dizem que se pode combater o défice acrescentando défice e gastando dinheiro que não se tem".

"Os que querem acrescentar défice ao défice são os que remetem as dificuldades para a geração seguinte", advertiu.

Juncker disse ter consciência das medidas duras que foram impostas, manifestando "admiração" pela "coragem e determinação" dos portugueses e pelo "desempenho" do país.

Lusa/SOL