Segundo a rádio Renascença, há problemas na ligação à identificação dos contribuintes, impedindo os reembolsos por transferências bancárias.
“Relativamente à primeira fase do IRS mantém-se o [problema] e não há solução. Há 29 mil ficheiros que foram além do que o sistema permitia tratar e neste momento foram emitidos cheques. A situação ficou resolvida nesses moldes”, explicou o sindicalista Paulo Ralha à Renascença.
Quanto à segunda fase, o dirigente do sindicato afirmou que “tudo depende do número de contribuintes que pedirem o reembolso por NIB e a capacidade do sistema para poder assimilar a informação”.
Paulo Ralha disse ainda que é possível esta situação se repita já que os problemas “são constantes ao nível do sistema – há dias inteiros em que os colegas não conseguem pura e simplesmente trabalhar, porque o sistema não está a funcionar”.
O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas confirmou estes problemas à Renascença e considerou ainda que o Estado sai beneficiado.
“Propicia rendimento e um ganho em prejuízo e detrimento daqueles que não recebem a tempo. O Governo diz que já devolveu 607 milhões de euros de IRS. Se fizermos uma taxa anual de 3% e dividirmos isto por 365 dias e multiplicar por 15, admitindo que os atrasos serão de 15 dias, nesse período tem um rendimento de 748.346 euros”, explica Domingues Azevedo.
SOL