“Passos na direcção certa”, é o título da peça que ensaia um ponto de situação do cenário macroecnómico, três anos depois do pedido de resgate em Maio de 2011.
“O Governo combateu o gasto em obras desnecessárias, cortou benefícios sociais de quem não precisava receber, reduziu os encargos trabalhistas e abriu a economia. Um passo importante acaba de ser dado, com o anúncio de que o país está pronto para prescindir do socorro bilionário da troika”, lê-se no texto assinado por Ana Luiza Daltro.
Nesta reportagem, a Veja dá conta de que sete em cada dez portugueses reprovam o governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Segundo a Veja, “o índice, respaldado pela taxa de desemprego de 15%, contrasta com o melhor momento da economia desde 2010. Portugal deve crescer 1,4% neste ano, dando continuidade à expansão de 1,6% nos três últimos meses de 2013, a maior taxa entre os dezoito países que utilizam o euro como moeda”.
Para a revista, “são sinais de que as medidas dolorosas – mas imprescindíveis – tomadas para recolocar o país no caminho do crescimento sustentado já surtem efeito”.
As manifestações do dia 1 de Maio – Dia do Trabalhador – em Portugal, contra as medidas de austeridade, os cortes nos salários e pensões e ainda o aumento dos impostos, como o IVA, não passaram ao lado do artigo de uma página. “Um remédio amargo que ampliou a insatisfação popular, como se viu no último 1º de Maio. Mas são esforços cujos frutos são evidentes. No ano passado, 114 000 trabalhadores deixaram de engrossar a fila do desemprego (a taxa era de 17,4% um ano atrás). As exportações subiram 24% desde 2010. E, em três anos, o deficit do governo caiu pela metade, de 9,8% para 4,9% do PIB”, escreve a Veja.
“A trajectória consistente de reequilíbrio das contas públicas explica a conquista da confiança do investidor estrangeiro”, acrescenta Ana Luiza Daltro, que deixa ainda um dica ao Executivo de Passos Coelho: “O desafio agora é não ceder à tentação populista de olho nas eleições do próximo ano”.
SOL