"O que nós estamos a estudar é [uma forma de] termos serviços diferentes a serem prestados no mesmo espaço, não é fundir esses serviços que são, na sua natureza, diferentes. Se libertamos cerca de 35 imóveis, acho que estamos a fazer bem o nosso papel. Não há despedimentos porque não há fusão de serviços. O que queremos efectivamente fazer é, no mesmo espaço, juntar serviços", assegurou o ministro da tutela.
Mota Soares comentava uma notícia hoje avançada pelo jornal Público segundo a qual o atendimento ao público dos centros de emprego e dos serviços de Segurança Social vai passar a ser feita no mesmo local, através da partilha do mesmo espaço.
O jornal adianta que numa primeira fase, a partilha do espaço ocorrerá em 15 localidades, mas a intenção do Governo é alargar estes "projecto-piloto" a outras cidades do país.
Mota Soares recusou adiantar a data para a implementação da medida ou quais as regiões do país onde terão início estas alterações, remetendo para a poupança que o Governo terá através da partilha de instalações.
"Por exemplo, só na cidade de Lisboa, com a rentabilização de muitos espaços que tínhamos na área do emprego e na área da Segurança Social, conseguimos poupanças superiores a um milhão de euros por ano que, efectivamente, fazem todo o sentido", sublinhou o ministro.
Quanto ao valor da poupança estimada com esta medida, Mota Soares disse que o executivo está ainda a "quantificar" e não avançou números.
"As poupanças que esperamos ter resultam de conseguirmos libertar 35 espaços ao longo do país, deixar de pagar 35 rendas, deixar de pagar 35 serviços ao longo do país sempre com esta preocupação: manter um serviço de qualidade e um serviço de proximidade e é isso que estamos neste momento aa estudar, mas não há ainda decisões formadas", rematou o governante.
Mota Soares falava aos jornalistas à margem da apresentação do programa "Dia do Emprego", no âmbito do qual a McDonald's e o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) assinaram um protocolo para a criação de 600 postos de trabalho nos próximos três anos.
Lusa/SOL