Marisa Matias falava aos jornalistas no final de uma visita ao Centro de formação profissional no Seixal, onde reiterou que o desemprego é o principal problema que Portugal e a União Europeia enfrentam.
"Ainda ontem vimos um secretário de Estado a assinar um protocolo com a ‘McDonald's’ para criar 600 postos de trabalho e o governo que fala em não querer baixar empregos é aquele que em vez de promover emprego qualificado, está a criar ‘McEmpregos’ com ‘McSalários’", acusou.
A cabeça de lista do BE às europeias refere que ao "contrário do que o Governo tem dito, de que não queria uma política de baixos salários, queria promover o emprego, que estávamos em retoma económica e no milagre económico" o que encontrou no centro de formação é "um exemplo daquilo que está a acontecer".
"Cada vez mais formandos, cada vez mais desemprego em Portugal", concretizou.
É por causa dos 26 milhões de desempregados na união europeia e mais 500 mil desempregados em Portugal desde a entrada da troika que o BE tem "defendido a necessidade de colocar a criação de emprego no centro da política".
"E para isso é que é preciso libertar recursos, mas que não se continue a expulsar pessoas do país. A emigração tem sido casa vez mais forçada", lamentou.
Para Marisa Matias, o "emprego de futuro tem que ser o emprego que garante que as pessoas possam aqui viver".
"Nós vimos ontem as estatísticas que dizem que uma em cada cinco das pessoas que têm formação superior já deixaram o país. Basicamente está a fazer-se da política de emigração uma espécie de obrigação forçada e não pode ser", criticou.
Lusa/SOL