No tribunal de primeira instância, Afonso Dias foi absolvido por não ter sido provado o crime, mas a família de Rui Pedro, criança que tinha 11 anos quando desapareceu a 04 de Março de 1988, recorreu, através do advogado Ricardo Sá Fernandes, para a Relação do Porto, que viria a condenar o arguido.
O recurso deste caso polémico e misterioso será hoje apreciado pela 5/a secção criminal do Supremo Tribunal de Justiça e tem como relator o conselheiro Souto Moura, antigo procurador-geral da República.
O Ministério Público está representado pela magistrada Cândida Almeida, que já dirigiu o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Fonte ligada ao processo admitiu à Lusa que uma das questões principais em sede de recurso será determinar se o caso levado ao STJ já prescreveu.
Se o STJ considerar que não houve rapto, mas antes um crime de abuso sexual na forma tentada, a extinção do procedimento criminal pode vir a ser decretada.
Lusa/SOL