Questionado sobre se iria descer o Chiado na arruada prevista para esta tarde, Sócrates disse que não, mas justificou: “Não tenho medo, muito menos medo da direita e insultos da direita”.
À entrada para um almoço de militantes, o ex-Primeiro-Ministro disse mesmo que não se quer dedicar à vida política: “Não estou em campanha”, rematou. Contudo, Sócrates disse já ter “saudades” dos militantes” e que veio para apoiar o partido.
Para Sócrates, há uma “obsessão da direita” porque PSD e CDS querem “esconder o debate do fundamental”: dos três anos de corte de pensões, aumento de dívida, mais impostos. E acusou a coligação Aliança Portugal de ter feito uma “campanha de mistificação”.
“O desespero leva ao ódio e o ódio é muito mau conselheiro”, afirmou Sócrates. E frisou que a coligação vai perder estas eleições.
PSD e CDS com Paulo Rangel e Nuno Melo à cabeça apostaram em culpar o PS e José Sócrates pelo pedido de ajuda à troika, mas Sócrates culpou antes a direita. “Foi a crise política da direita que levou a pedir ajuda”, disse, numa referência ao chumbo do PEC IV.