Rangel pergunta se depois de “o pior já ter passado” vale a pena voltar a 2011

O cabeça de lista da Aliança Portugal, Paulo Rangel, insistiu hoje na mensagem da campanha, argumentando que no dia das eleições europeias os portugueses devem questionar-se se, depois de o “pior já ter passado”, querem regressar a 2011.

Rangel pergunta se depois de “o pior já ter passado” vale a pena voltar a 2011

No encerramento da campanha, num jantar na Maia, que juntou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas. Paulo Rangel deixou uma "pergunta para todos os portugueses".

"Depois deste esforço, depois de o pior já ter passado, depois de haver sinais positivos, queremos mesmo, queremos mesmo, regressar a 2011 ? É esta a pergunta que temos que responder no dia 25 de maio nas eleições europeias. Queremos ou não queremos andar em frente ?", lançou Paulo Rangel.

O primeiro candidato do CDS-PP na lista de coligação PSD/CDS-PP, Nuno Melo, também argumentou com base na ideia de um "passado doloroso", que a entrada do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates na campanha do PS hoje "ressuscitou".

Melo assinalou a "entrada de leão" de Sócrates na campanha, e, citando o ex-chefe de Governo que disse não ter medo "muito menos da direita", disse que "o país é que tem medo de Sócrates".

O eurodeputado disse ainda que não o incomoda "nadinha" que o PS diga que o Governo tem que tirar ilações dos resultados das eleições europeias.

"Ou muito me engano ou quem irá ter que tirar ilações do resultado eleitoral são os socialistas, porque é além do mais uma razão de justiça", disse, considerando que o secretário-geral socialista "arrisca-se a perder as europeias e nem vir a disputar legislativas".

Tal como Nuno Melo fez ao longo da campanha e também na intervenção desta noite, Rangel atacou a lista do PS ao Parlamento Europeu, questionado: "Uma lista de ministros de Governos que agravaram o défice, que levaram à bancarrota, e ter sido líder parlamentar de um Governo que pôs o país na bancarrota é invejável para alguém ?".

Lusa/SOL