O também ministro das Finanças da Holanda falava aos jornalistas à chegada do 'ECB Forum on Central Banking', organizado pelo Banco Central Europeu (BCE), que teve início no domingo e decorre até terça-feira.
"Os resultados são uma mensagem clara e mandatam-nos para alcançar mais resultados a nível de crescimento e de emprego nos próximos anos. As pessoas estão a ficar impacientes em vários países", disse Jeroen Djisselbloem, quando questionado pelos resultados eleitorais.
Um dos países, apontou o presidente do Eurogrupo, é Portugal: "Portugal está muito bem e em alguns aspectos melhor do que esperávamos. O crescimento está a surgir e o desemprego está a começar a descer. Mas o crescimento tem de se tornar forte e temos de dar resposta em termos de crescimento e da criação de emprego. As pessoas estão a ficar impacientes e eu percebo isso", afirmou.
Questionado sobre se o resultado das eleições não seria um 'cartão vermelho' à rigidez das reformas económicas, Jeroen Djisselbloem admitiu que "as reformas podem ser desenhadas de forma mais inteligente", mas reafirmou a sua importância.
"Temos de continuar a agenda reformista para nos tornarmos mais competitivos. Se queremos mais crescimento, e precisamos de crescimento para ter emprego, temos de ser mais competitivos — isto aplica-se à maioria dos países da Europa", afirmou.
Quanto à dívida dos países europeus, o presidente do Eurogrupo disse que "a confiança regressou à zona euro e que o crescimento está a surgir", reafirmando a importância de um crescimento forte para criar emprego.
"E, nos próximos anos, vamos conseguir [esse crescimento] e a questão da dívida vai ser resolvida gradualmente. Essa é outra razão pela qual precisamos de um crescimento forte e de medidas que o alavanquem", disse.
O PS é o partido com mais mandatos nas eleições europeias de domingo depois de apurados os resultados em todas as 3.092 freguesias de Portugal e em 54 dos 71 consulados, segundo dados da Direcção Geral de Administração Interna (DGAI).
Os resultados indicam sete deputados ( 31,45%) para o PS, seis (27,71%) para a Aliança Portugal (PSD/CDS-PP), dois (12,68%) para a CDU (PCP-PEV), um (7,15%) para o Partido da Terra (MPT) e outro (4,56%) para a Bloco de Esquerda, faltando atribuir quatro dos 21 mandatos de Portugal no Parlamento Europeu, que dependem dos resultados no estrangeiro.
Lusa/SOL