Um ano depois de Gezi, tudo na mesma na Turquia

Canhões de água, gás lacrimogéneo, bastonadas e dezenas de detenções marcam o sábado na Turquia, que assinala o primeiro aniversário da revolta em defesa do Parque Gezi, em Istambul.

Um ano depois de Gezi, tudo na mesma na Turquia

O primeiro-ministro Tayyip Erdogan, anunciou entre a ameaça e o desafio, que dera ordens à Polícia para não deixar haver manifestações junto do Parque nem na Praça Taksim. Apoiados por helicópteros e veículos blindados, 25 mil polícias foram destacados para reprimir quem quisesse assinalar a data, que nas semanas seguintes resultou na morte de oito manifestantes.

Para evitar ajuntamentos, foram suspensas as ligações de ferry no Bósforo, bem como os restantes transportes públicos que servem a área. Mas isso não demoveu milhares de pessoas.

Os jornalistas foram também um alvo da Polícia. Um repórter da CNN, Ivan Watson, foi detido em directo, apesar de se ter identificado.

Com o chegar da noite, vários bairros foram tomados pelo barulho de tachos e panelas, em sinal de solidariedade para com os manifestantes.

Os protestos também aconteceram um pouco por todo o país e em especial na capital, Ancara.

cesar.avo@sol.pt