Segundo um comunicado do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), dos “cerca de 1200 professores que se disponibilizaram para realizar as tarefas de classificação, tendo para o efeito participado na formação promovida pela Universidade de Cambridge e pelo IAVE”, apenas “pouco mais de 800 professores têm estado efectivamente envolvidos no processo”. Perante esta situação, e para evitar sobrecarregar os poucos corretores envolvidos, nomeadamente “nas actividades lectivas e não lectivas das escolas onde os professores avaliadores exercem a sua actividade”, o IAVE alargou agora o prazo para a realização do “speaking”, a parte oral da prova, e para a correcção da parte escrita.
O Key for Schools é um teste de certificação de competências de inglês que foi realizado a todos os alunos do 9º ano pela Universidade de Cambridge. Além destes alunos, que obterão de forma gratuita este certificado reconhecido internacionalmente, todos os estudantes entre os 11 e os 17 anos (do 6º ano ao 12º) puderam obter a mesma certificação tendo, para isso, de pagar 25 euros para obter o diploma. No total, são 121 mil os estudantes envolvidos nesta prova.
A realização desta prova decorre de um protocolo assinado entre o Ministério da Educação, a Universidade de Cambridge e vários parceiros privados que financiaram a operação, entre os quais o BPI, a Nova Base e a Porto Editora.
A Fenprof criticou o envolvimento de entidades privadas neste processo e a colaboração dos professores de inglês na sua correcção. Para analisar o que disse serem relações “suspeitas”, a Fenprof fez uma queixa à Procuradoria-geral da República e à Autoridade da Concorrência.