Até ao dia 15 todos os caminhos vão dar ao Parque Eduardo VII. A Feira do Livro está de novo em Lisboa, para a sua 84.ª edição. Com 250 pavilhões e mais de 500 chancelas, são milhares de livros disponíveis, entre novidades e fundos de catálogo que dificilmente se encontram em livrarias (e não faltam na feira os alfarrabistas com edições há muito esgotadas).
Mas o que ano após ano continua a arrastar milhares de pessoas ao parque são os descontos e a possibilidade de conversar com os seus escritores preferidos, levando para casa um livro autografado.
Se é ao fim-de-semana e nos feriados que a programação da feira é mais intensa, com lançamentos de livros e sessões de autógrafos, é ao dia de semana, à noite, que se encontram as melhores oportunidades. De segunda a quinta-feira, entre as 22h e as 23h, decorre a Hora H, durante a qual as chancelas aderentes vendem livros editados há mais de 18 meses (fora da Lei do Preço Fixo) com descontos de 50%. Na Leya, sucessos recentes como a trilogia Millennium, de Stieg Larsson, clássicos como A Montanha Mágica, de Thomas Mann, contemporâneos como Liberdade, de Jonathan Franzen, ou grande parte da obra de autores de língua portuguesa como Mia Couto, Lídia Jorge, Saramago ou Lobo Antunes, encontram-se abrangidos pela promoção. Na Presença, cuja colecção de policiais é uma das mais procuradas, é possível encontrar a obra de Henning Mankell e a colecção do seu inspector Wallander a metade do preço.
Para os que preferem livros ainda a cheirar a tinta, não faltam lançamentos na feira ou por esta altura. Sexta-feira, por exemplo, na Praça Leya, foi lançado No Céu Não Há Limões, de Sandro William Junqueiro.
José Eduardo Agualusa lança A Rainha Ginga fora da feira mas estará na feira terça-feira, 10, e sábado, 14, às 16h, junto ao pavilhão da Quetzal.
Também de Angola chega Sonhos Azuis pelas Esquinas, o novo livro de contos de Ondjaki, lançado, com a presença do autor, no domingo, 8, às 21h, junto ao pavilhão da Caminho. Quem também estará em feira vindo de longe é Luis Sepúlveda que lança na feira, sábado, 7, e domingo, 8, às 15h30, na Porto Editora, História de um Caracol que Descobriu a Importância da Lentidão. No mesmo pavilhão será possível encontrar José Rentes de Carvalho, com o seu Portugal, A Flor e a Foice, no sábado e no domingo, às 16h, tal como Richard Zimler, com A Sentinela, também sábado e domingo, às 15h.
Mas há mais livros em destaque nos pavilhões das editoras como Cláudio e Constantino, o novo romance de Luísa Costa Gomes (D.Quixote) A Morte sem Mestre, o novo livro de poemas de Herberto Helder (a edição será única e os seus livros tendem a esgotar-se em apenas algumas horas…), que se publica na segunda-feira.