Pelo menos quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas num ataque de cinco aviões israelitas considerado pelo Presidente Bashar al-Assad uma “violação flagrante” da soberania síria. Damasco acusa o exército de Telavive de colaborar com o que chama de “grupos terroristas” que tentam à força retirar Assad do poder.
Israel já tinha sido acusada de intervir militarmente desde a revolta iniciada em 2011. Mas ao contrário do que sucedera em relação a ataques contra posições estratégicas do Hezbollah e de outros grupos temidos em Israel, desta vez o primeiro-ministro confirmou a operação militar durante um evento partidário do Likud. “Na noite de ontem operámos com grande força contra alvos sírios que actuam contra nós”, disse Benjamin Netanyahu antes de acrescentar que “se for necessário será utilizada força adicional”.
A resposta israelita deu-se poucas horas depois de um carro civil ter sido atingido míssil anti-tanque disparado da região síria junto aos montes Golã. Além da vítima mortal, o ataque feriu ainda o pai do adolescente e outro civil que seguia no veículo.
“O ataque de ontem foi uma agressão não provocada a Israel, uma continuação de outros ataques recentes na região”, explicou o coronel Peter Larner, apesar de estar ter sido a primeira morte em território israelita relacionada com uma guerra civil síria que se arrasta há mais de dois anos.