Um porta-voz do Ministério norte-coreano dos Negócios Estrangeiros afirmou que o filme equivale a um “acto de guerra”.
O filme em causa é uma comédia de acção que conta a história de um apresentador de talk-show e do seu produtor que visitam a Coreia do Norte para entrevistar Kim Jong-Un, acabando por serem contratados pela CIA para matar o líder.
“Fazer e lançar um filme sobre um plano para matar o nosso líder máximo é o mais descarado acto de terrorismo e de guerra e não será tolerado de forma alguma”, afirmou o responsável norte-coreano em declarações à agência noticiosa oficial KCNA.
O porta-voz acusou ainda os Estados Unidos de terem contratado um “realizador bandido” para provocar “uma onda de ódio e raiva” junto dos norte-coreanos e dos seus soldados.
The Interview tem estreia marcada para Outubro, e há muito que é considerado um projecto potencialmente explosivo. Segundo declarações de Rogen à Vanity Fair, o estúdio terá tentado persuadi-lo, bem como a Evan Goldberg, co-autor e co-realizador, a usar um ditador ficcional do filme, o que foi peremptoriamente recusado por ambos.
O primeiro trailer de The Interview foi lançado no passado dia 11.
Não é a primeira vez que Hollywood “mata” um líder da Coreia do Norte. Em Team America, uma comédia de marionetas realizada pelos criadores de South Park – Trey Parker e Matt Stone – em 2004, o então líder Kim Jong-Il, pai de Kim Jong-Un, morre empalado após uma batalha com uma unidade militar norte-americana.
A nova polémica rebenta numa altura em que observadores internacionais afirmam que o regime ditatorial de Pyongyang regista grandes avanços na tecnologia de lançamento de mísseis. A Coreia do Norte tem neste momento três prisioneiros norte-americanos. Um deles, Jeffrey Edward Fowle, foi detido por ter sido apanhado com uma bíblia.