"A situação é perfeitamente sustentável. O banco tem um rácio de transformação [proporção entre créditos e depósitos] elevado, que temos de facto de diminuir, temos vindo a diminuir, a tomar uma série de medidas que leva a que o banco esteja numa fase perfeitamente estável, sem qualquer tipo de problema", disse Rui Guerra.
O responsável, que falava à margem do IV Fórum Banca promovido pelo jornal "Expansão", quando questionado pelos jornalistas sobre notícias que dão conta de crédito malparado que pode atingir os 5,7 milhões de dólares (4,1 milhões de euros), alegadamente concedido durante a gestão de Álvaro Sobrinho, o actual administrador desvalorizou o facto.
"Não faz sentido [a notícia]. Porque de facto, enquanto gestor do banco e enquanto conhecedor da situação, e também de acordo com aquilo que me compete, que é guardar sigilo bancário, vejo que não faz sentido efectivamente aquele tipo de artigo", afirmou, questionado pela Lusa, embora sem entrar em pormenores sobre o crédito malparado.
A isto, Rui Guerra acrescentou que a situação do BESA, actualmente, é "normal", rejeitando qualquer dúvida sobre a sua sustentabilidade futura, numa altura em que o banco está "a crescer de acordo com o 'business plan' definido na assembleia-geral de 2013", altura em que entrou a nova equipa de gestão.
O capital do BESA é detido em 55,7 por cento pelo Banco Espírito Santo português.
De acordo com uma notícia recente do semanário "Expresso", o rácio de transformação do BESA é de 220%. Ou seja, no final de 2013, de acordo com a mesma notícia, o banco angolano tinha créditos a clientes no valor de 5.712 milhões de euros e depósitos recebidos de 2.597 milhões de euros.
"Temos uma situação estável, de crescimento do número de clientes, de depósitos, aumentamos o capital em 500 milhões de dólares [367 milhões de euros]. Portanto, temos vindo a crescer, dentro daquilo que ficou definido pelos accionistas", disse ainda Rui Guerra.
Lusa/SOL