Os trabalhos de limpeza ainda decorrem esta manhã, disse José Carlos Rebelo, comandante municipal da Protecção Civil.
"Foi durante cerca de 10 a 15 minutos um dilúvio de água. Muita água em pouco tempo fez com que viesse tudo desembocar na zona baixa da vila do Pinhão", explicou.
O mau tempo provocou, segundo este responsável, derrocadas nalgumas estradas, com mais intensidade na via que liga Favaios, Vale de Mendiz e o Pinhão, bem como a queda de muros.
"Houve ainda várias casas inundadas e prejuízos avultadíssimos" em habitações e no espaço público, acrescentou.
De acordo com José Carlos Rebelo, "nas duas casas mais afectadas a água chegava à cintura".
O responsável acrescentou que, além dos danos no chão das habitações, contabilizam-se ainda estragos no mobiliário e electrodomésticos.
A vila está localizada na margem do rio Douro, onde desagua também o rio Pinhão.
Do outro lado do rio Pinhão, já no concelho de Sabrosa, um desabamento de terras e de pedras, que caíram de uma encosta de cerca de 80 a 100 metros, soterrou um automóvel que estava estacionado junto à estrada.
O comandante adiantou que, logo após o mau tempo, dezenas de elementos dos bombeiros, dos serviços municipalizados e das Estradas de Portugal (EP) iniciaram as operações de desobstrução e limpeza das estradas e ajudaram os moradores a limpar as suas habitações.
José Carlos Rebelo afirmou que as operações de limpeza prosseguem esta manhã envolvendo os moradores e os meios da Protecção Civil.
"Hoje de manhã vamos dar mais uma volta para tentar perceber exactamente a dimensão dos estragos e até onde se pode ajudar as pessoas", acrescentou.
Lusa/SOL