O líder madeirense recusa divisões em fim de ciclo anunciado. “Ele não vai ficar impávido e sereno com seis candidaturas. Só está à espera para ver o que acontece. Se não houver entendimentos que as unam, ele avança”, garante ao SOL fonte próxima de Jardim.
A proposta de revisão constitucional que agora lançou, as críticas ao PSD nacional, ao Governo e a Passos Coelho – reeditadas esta semana no discurso do Dia da Região – e o cumprimento do programa de resgate, até Outubro de 2015, são tópicos de uma agenda com que Jardim espera ganhar terreno para uma recandidatura.
Em Abril, no encerramento do Congresso da JSD/Madeira, já ameaçara voltar “com o vigor de um jovem de 19 anos”, caso não haja “juízo” e “unidade” na sua sucessão. Internamente, a bússola de Jardim parece estar já para aí orientada: “Ele quer provar que também consegue governar sem dinheiro. Há obras que vão ser retomadas até às eleições e o estudo [ver coluna ao lado] que ele apresentou desresponsabiliza-o internamente”, sustenta outro dirigente.
Jardim pressiona Cavaco
Até 30 dias antes das eleições do PSD/Madeira, a 19 de Dezembro, Jardim pode decidir se avança. Até lá, espera uma clarificação entre os candidatos, que pode chegar com a festa do Chão da Lagoa, no próximo dia 27.
E espera pelo Presidente da República, que manifestou reservas na 'solução Jardim': o nome que sair das directas, depois de consagrado a 10 de Janeiro de 2015 no Congresso, assumiria logo o Governo Regional até Outubro de 2015. Cavaco poderá não dar posse a esse novo presidente do Governo e antecipar as eleições. Jardim conhece a possibilidade e quer saber se Cavaco o substituirá: “Estou preocupado em saber qual a decisão definitiva do Presidente”, disse esta semana.