Ministério sem dados da greve dos médicos para evitar ‘guerra de números’

O Ministério da Saúde recusa-se a avançar com o impacto da adesão à greve dos médicos, que hoje começou e se prolonga até amanhã. Num comunicado, o gabinete de Paulo Macedo justifica a decisão com a necessidade de evitar uma “guerra de números” com o sindicato médico que convocou o protesto.

Ministério sem dados da greve dos médicos para evitar ‘guerra de números’

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam), que convocou o protesto, tem avançado com estimativas de adesão superiores a 90%, deixando paralisadas consultas e cirurgias em hospitais e centros de saúde.

Apesar de se recusar avançar com dados, o ministério vai dizendo, contudo, que esta a adesão ao protesto é “uma impossibilidade aritmética”, isto porque os médicos dos sectores privado e social não fazem greve. “Dos cerca de 46 mil médicos registados em Portugal (incluindo internos), 26 mil trabalham no Serviço nacional de Saúde (SNS), o que significa que 20 mil não aderem à greve por trabalharem fora do SNS”, argumenta num comunicado o gabinete de Paulo Macedo, acrescentando que “mesmo a parte dos médicos grevistas que trabalha simultaneamente dentro e fora do SNS, só realiza greve no serviço público”.

joana.f.costa@sol.pt