A decisão de Francisco foi avançada pelo Financial Times e deverá ser tornada pública durante esta semana, quando for publicado o relatório anual do IOR (o que acontecerá pela segundo ano consecutivo e pela segunda vez em 127 anos).
A medida principal será a de acabar com a gestão de fundos, uma área de negócios que ao longo dos anos deu ao IOR uma reputação manchada pela corrupção, lavagem de dinheiro e ligações à máfia. “Não podemos ter mais escândalos”, disse ao jornal britânico uma fonte próxima do Papa.
Nos últimos meses, o pontífice estabeleceu um Secretariado para a Economia e um novo banco central para a Santa Sé, à imagem dos outros Estados.
Bergoglio nomeou um novo administrador (o alemão Von Freyberg, que deverá entretanto estar de saída) e criou um conselho financeiro composto por banqueiros com o objectivo de investigar transacções suspeitas. Em consequência, cerca de mil contas (em 33 mil) foram fechadas.
O mais recente escândalo relacionado com o IOR foi a detenção do monsenhor Nunzio Scarano e de um ex-agente secreto quando tentavam levar 20 milhões de euros em numerário do Vaticano para a Suíça, em Junho de 2013. Scarano foi acusado de se apropriar de milhões em falsos donativos através de contas do Banco do Vaticano.