Já a taxa de cobertura recuou para 83,8%, revelou ainda o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Considerando apenas o mês de Maio de 2014, as exportações de bens diminuíram 3,6% e as importações de bens aumentaram 1,9% face ao mês homólogo (respectivamente -4,8% e -6,1% em Abril de 2014).
No período de Fevereiro a Abril de 2014 as exportações tinham caído 0,9% e as importações aumentado 0,1% em termos homólogos.
Na sequência desta evolução, a taxa de cobertura das importações pelas exportações diminuiu de 2,1 pontos percentuais (p.p.) de Março a Maio face ao mesmo período do ano passado, situando-se nos 83,8%.
De acordo com o INE, em Maio passado as exportações diminuíram 3,6% relativamente ao mesmo mês de 2013, em resultado da evolução registada quer nos mercados intra quer extra União Europeia (UE), devido essencialmente aos combustíveis minerais.
Já as importações aumentaram 1,9% face a Maio de 2013, em reflexo do acréscimo registado no comércio intra-UE (em especial nos veículos e outro material de transporte), dado que no comércio extra-UE se verificou uma diminuição.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, em Maio de 2014 as exportações cresceram 0,2% e as importações 3,8% face ao período homólogo (respectivamente +3,6% e +2,5% em Abril de 2014).
Em termos das variações mensais, em Maio de 2014 as exportações aumentaram 5,1% face a Abril de 2014, devido à evolução quer do comércio intra-UE como do extra-UE (nomeadamente nos combustíveis minerais e metais comuns) e as importações aumentaram 9,7%, em resultado essencialmente do acréscimo verificado no comércio extra- UE (em especial nos combustíveis minerais).
Analisando apenas o comércio intracomunitário, no trimestre terminado em Maio as exportações diminuíram 0,7% e as importações aumentaram 8,3% face ao período homólogo, a que corresponde uma taxa de cobertura de 77,6% e um défice de 2 465,9 milhões de euros.
Em Maio, as exportações intra-UE diminuíram 1,8% face ao mês homólogo de 2013, reflectindo principalmente a evolução dos combustíveis minerais e as importações intra-UE aumentaram 4,8%, sobretudo devido aos veículos e outro material de transporte.
Em relação ao mês anterior, o INE aponta um aumento de 3,9% das exportações Intra-UE, essencialmente devido aos metais comuns, vestuário e calçado.
Já as importações intra-UE aumentaram 2,3% em resultado da evolução das máquinas e aparelhos, veículos e outro material de transporte e produtos .
No que respeita ao comércio extracomunitário, no trimestre terminado em Maio de 2014 e face ao período homólogo, tanto as exportações como as importações diminuíram, respectivamente 9,4% e 23,1%, o que resultou num excedente de 153,2 milhões de euros e numa taxa de cobertura de 104,8%.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações extra-UE cresceram 2,6%, enquanto as importações diminuíram 1,4%, face ao período homólogo.
Com exclusão deste tipo de bens, o saldo da balança comercial extra-UE atingiu um excedente de 1.223,1 milhões de euros, a que correspondeu uma taxa de cobertura de 166,2%.
Considerando apenas Maio, as exportações para os países terceiros diminuíram 7,9% face a 2013, devido sobretudo aos combustíveis minerais e veículos e outro material de transporte, enquanto as importações extra-UE diminuíram 5,6%, essencialmente reflectindo a evolução dos combustíveis.
Face ao mês anterior, em Maio as exportações extra-UE aumentaram 8,3%, sobretudo devido à evolução dos combustíveis minerais e matérias têxteis, tendo as importações extra-UE aumentado 37,9% devido essencialmente aos combustíveis minerais .
Para estas variações o INE diz ter contribuído, "em larga medida", o retomar do funcionamento normal da refinaria de Sines, após a paragem de Março e Abril de 2014.
Por grandes categorias económicas, no trimestre terminado em Maio destaca-se nas exportações o decréscimo homólogo "acentuado" nos combustíveis e lubrificantes (-54,1%), nomeadamente nos produtos transformados, e o aumento nos bens de consumo (+11,1%).
Quanto às importações, salienta-se a diminuição de 28,7% nos combustíveis e lubrificantes, em resultado sobretudo da evolução dos produtos primários (-33,1%), tendo a categoria material de transporte e acessórios apresentou o maior acréscimo (+22,0%).
Lusa/SOL