Miguel Santo Amaro, responsável pela Uniplaces, diz que este é um mercado cada vez mais rentável. “O negócio da mobilidade universitária não depende apenas do mercado interno, mas muito do internacional. As universidades portuguesas estão cada vez mais bem cotadas, há exemplos disso mesmo no ranking do Financial Times, e há novos cursos, mestrados e pós graduações”, revela.
O responsável adianta ainda que Governo português tem vindo a promover a vinda de estudantes internacionais para fazerem a sua formação no nosso país, a crescer 10% por ano. Garante também que no mercado de relocation e laboral há muitos consultores a procurar um local temporário (de 1 a 24 meses). O retorno é interessante: preço-médio de 380 euros/mês por um quarto em Lisboa.
“O imobiliário já se apercebeu do potencial deste segmento, o que se comprova pelo aparecimento de mais empresas do ramo”, explica Miguel Santo Amaro
200 mil noites num ano
Em 12 meses de actividade, a Uniplaces teve mais de 200 mil noites reservadas, oferecendo várias soluções de arrendamento: casas, quartos, apartamentos, sejam de origem particular ou residências universitárias profissionais.
Estudantes de qualquer parte do mundo podem encontrar e reservar o seu alojamento em Lisboa, Londres ou Madrid. E o programa Erasmus tem vindo a ser a base de uma maior mobilidade.
De acordo com o responsável da Uniplaces, os estudantes em mobilidade internacional atingiram 3,4 milhões em 2009 (2,1 milhões em 2002) e espera-se que atinjam 7,6 milhões em 2025. “No ano lectivo 2011/2012 Portugal acolheu 21.824 estudantes internacionais. A maioria eram espanhóis (29%), italianos (12%), polacos (12%), alemães (6%) e franceses (4%)”, esclarece.
A Uniplaces tem reservas de mais de 85 países entres os quais Brasil, Alemanha, Rússia, China, Canadá, Austrália e Uzbequistão. Contudo, os mais comuns para Portugal são de Espanha, Itália, Alemanha e Brasil.
Actualmente a plataforma tem disponíveis mais de 2.000 anúncios, o que correspondente a uma oferta de 3 mil quartos em Lisboa e já está bem presente em Londres (11 mil camas) e Madrid (6 mil). “Quase metade da nossa oferta já é nestas duas cidades. Lisboa está consolidada, embora ainda haja falta de camas. O potencial em Madrid e Londres é enorme”, salienta Miguel.