Além de Portugal, Eslovénia e Bélgica (ambas, actualmente, em processos de formação de governo), Hungria, Bulgária, Chipre, Grécia, Lituânia e Roménia ainda não indicaram os seus nomes. Dinamarca e Suécia devem continuar com comissárias.
Ao longo das últimas duas semanas, foram vários os países que se anteciparam e não só indicaram nomes para os representar na Comissão Europeia como deram já indicações das pastas que pretendem. E as opções começam a ficar reduzidas depois de, esta semana, a Alemanha ter deixado claro que quer a pasta da Energia, a Roménia a Agricultura e a Finlândia o Euro. Tudo está, claro, nas mãos de Juncker.
Uma das discussões que se faz em Bruxelas é a de saber se o facto de o português Durão Barroso ter estado dez anos à frente da Comissão deve ou não ter peso na hora da atribuição da pasta a Portugal. Se há quem defenda que o peso que Durão teve deve ser agora compensado com uma pasta menos importante, também há quem ache que, depois de ter tanta relevância na Europa, o país merece um pelouro importante.
Emprego e Inovação para Portugal?
Na última semana, duas pastas foram dadas pela imprensa como prováveis para Portugal: Emprego e Inovação. A primeira encaixa como uma luva em dois perfis dados como prováveis para comissários: a socialista Maria João Rodrigues e o social-democrata Silva Peneda. Se ambos têm currículo na área do emprego, apenas a ex-ministra de Sócrates poderá, contudo, ajudar Juncker a cumprir as quotas de género e a manter as nove mulheres na Comissão.
A Inovação é, porém, uma pasta que parece feita à medida de Maria da Graça Carvalho, a ex-ministra de Durão Barroso que, em declarações ao SOL, já admitiu que gostaria de assumir o lugar.
O nome deverá ser conhecido no máximo até ao fim da semana que vem, mas Passos Coelho não deu ainda sinais claros de ter tomado uma decisão final. Esta semana, António José Seguro garantiu mesmo que não foram falados nomes na reunião com Passos, marcada para trocar impressões com os socialistas sobre o nome a indicar.
Do lado do PS, continua a insistir-se na ideia de que, tendo os socialistas ganhado as europeias, o próximo comissário europeu deverá vir dessa área política.