No discurso que precedeu a votação, o sucessor de Durão Barroso pediu o voto dos partidos de esquerda em troca de um plano de estímulo da economia no valor de 300 mil milhões de euros a aplicar nos próximos três anos. Esse valor, que não chega a 1% do PIB da UE, será aplicado em energia, industrialização, infra-estruturas, banda larga e investigação e desenvolvimento. Mas não virá só de dinheiro público, terá também capitais privados.
Juncker, que discursou em francês, alemão e inglês, as três línguas de trabalho, elogiou a moeda única como factor de unidade e estabilidade (tendo ouvido protestos por parte dos nacionalistas britânicos), propôs a criação de um orçamento específico para a zona euro e advogou a “máxima transparência” nas negociações com os Estados Unidos relativas à Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento.
No final, obteve bem mais do que os 376 votos necessários: o luxemburguês recebeu o aval de 422 eurodeputados, entre conservadores, liberais, socialistas e verdes. Opuseram-se 250 deputados.
À eleição do presidente da Comissão, seguir-se-á a da restante equipa, no início do Outono.