Os restantes quatro arguidos detidos na quarta-feira pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da PJ ficaram sujeitos a apresentações periódicas diárias às autoridades, depois de inquiridas pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
O grupo, que integrava três agentes da PSP, foi detido pela PJ por crimes de associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.
Os detidos, 11 homens e uma mulher, com idades entre os 31 e 43 anos, dedicavam-se "a sinalizar potenciais alvos para os roubarem no interior das suas residências, simulando tratar-se de verdadeiras acções policiais a cumprir buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo alguns deles utilizado, em certas ocasiões, as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as actuações", informou a PJ, aquando das detenções.
Os crimes investigados – adianta a PJ – ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, tendo em alguns dos casos sido utilizada a violência e a coação para que as vítimas fornecessem informação sobre os locais onde se encontravam escondidas quantias monetárias, objectos e produtos com valor acrescentado.
Na operação policial, desencadeada pela UNCT da PJ, em articulação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foram realizadas 28 buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido possível apreender "relevantes elementos de prova".
Lusa/SOL