Activistas contra o conflito em Gaza juntam-se a manifestação da CGTP

Bandeiras palestinianas e apelos à solidariedade com Gaza associaram-se hoje à manifestação sindicalista promovida pela CGTP junto à Assembleia da República para chamar a atenção para o “massacre que se vive naquela região”.

Activistas contra o conflito em Gaza juntam-se a manifestação da CGTP

Entre o pequeno grupo de pouco mais de uma dezena de activistas encontrava-se esta manhã o ex-líder do Bloco de Esquerda Francisco Louçã que se associou à causa, mas preferiu dar a palavra aos elementos dos grupos de solidariedade presentes.

Elsa Sertório, do Comité de Solidariedade com a Palestina explicou à Lusa que "o protesto simbólico" pretende chamar a atenção para "o massacre que está a acontecer em Gaza" e pressionar ou pelo menos influenciar o Parlamento e o Governo português para tomarem posição sobre o assunto.

A activista sugeriu que o governo seguisse o exemplo do Equador, que "cortou relações diplomáticas e comerciais com Israel" e lamentou que nem sequer tenham repudiado o que considerou ser a agressão israelita.

"Isso é o mínimo", vincou.

Elsa Sertório não soube dizer quantos activistas da causa palestiniana são esperados pois esta é sobretudo uma acção simbólica que está a ser feita durante o horário de trabalho, mas adiantou que se aguardava ainda a chegada de elementos do CPPC (Conselho para a Paz e Cooperação) e MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente), que saíram de São Pedro de Alcântara com os dirigentes e activistas da CGTP.

Assinalou ainda que estão previstas outras iniciativas de apoio aos palestinianos, como um concerto no Intendente, a realizar domingo, e que os grupos de solidariedade se vão associar a um apelo internacional no dia 1 de Agosto.

Entretanto, hoje de manhã, dirigentes e activistas sindicais da CGTP manifestam-se junto ao Parlamento contra os novos cortes salariais para o sector público e a aplicação da contribuição de sustentabilidade aos reformados, que vão ser aprovados pelos deputados.

Os representantes dos trabalhadores vão concentrar-se no Jardim de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, e depois desfilarão até São Bento, onde o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, fará uma intervenção no final do protesto.

Enquanto decorre a acção de luta nas ruas da capital estarão a ser discutidos e votadas na Assembleia da República os diplomas que repõem os cortes salariais que vigoraram na função pública e sector empresarial do Estado entre 2011 e 2013 e a aplicação da contribuição de sustentabilidade.

Lusa/SOL