“A TAP informa os seus clientes com reserva válida para voos no dia 9 de Agosto que podem, desde já, mudar sem custos adicionais a sua viagem para outra data dentro da validade do bilhete ou solicitar o respectivo reembolso”, informou hoje a companhia aérea liderada por Fernando Pinto, na sua página no ‘Facebook’.
Os pilotos da TAP decidiram avançar com uma greve a 09 de Agosto para contestar o agravamento das condições de trabalho e obrigar o accionista Estado a receber os sindicatos para discutir a situação da empresa.
Na nota aos passageiros, a TAP admite que é previsível que a operação da companhia seja afectada pela greve convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.
"Esta greve de 24 horas é um cartão vermelho ao accionista, que não recebe os sindicatos para discutir a situação, e à empresa, pela sua total desresponsabilização", disse à agência Lusa na sexta-feira o presidente do sindicato dos pilotos, Jaime Prieto.
De acordo com o sindicalista, a administração da TAP tem deixado sair os seus quadros sem fazer nada, tem contratado companhias externas que não asseguram a qualidade da transportadora nacional e nada tem feito para contrariar o descontentamento dos seus trabalhadores.
"Há cinco anos que a empresa tem apresentado resultados positivos mas as condições de trabalho têm-se agravado, o que leva a um grande descontentamento dos trabalhadores", disse Jaime Prieto.
O sindicalista adiantou ainda que o objectivo da greve de 24 horas é forçar o diálogo para "apurar o que se pode fazer" pela empresa e "apurar responsabilidades".
Um dia antes, o presidente da TAP, Fernando Pinto, anunciou, numa circular enviada aos trabalhadores, a decisão de adoptar "medidas excepcionais" para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário realizado desde 01 de Junho até ao final do ano a fim de minimizar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros.
Em declarações à Lusa, Jaime Prieto salientou que as medidas anunciadas pela TAP “são remendos para males maiores", uma vez que a companhia aérea está com “problemas estruturais profundos”.
Lusa/SOL