Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo adiantou que apresentou queixa na Direcção-Geral do Consumidor, no Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e na Autoridade da Concorrência contra diversas agências de viagens 'online', tendo em conta que "os consumidores portugueses estão a pagar mais do que deviam por viagens na easyJet".
Esta queixa surge na sequência do estudo realizado pela Deco, que avaliou os preços praticados por quatro agências de viagens 'online' – Rumbo, eDreams, Logitravel e netviagens – e os preços reais pagos pelo consumidor.
A easyJet explica que os preços anunciados por estas agências são mais baixos do que o preço real e o processo de compra leva o passageiro a pagar mais do que devia, situação que não acontece numa compra no 'site' da easyJet, onde o preço se mantém inalterável durante todo o processo.
"A easyJet quer garantir que todos os seus passageiros pagam o valor correcto pela sua viagem. A actividade desenvolvida por algumas agências de viagens 'online' leva-nos a crer que milhares de portugueses e perto de um milhão de passageiros easyJet em toda a Europa anualmente estão a pagar mais do que deviam pelas suas viagens", afirma o director-geral da easyJet Portugal, Javier Gandara.
A companhia aérea 'low cost' adiantou que está também em contacto com os reguladores europeus uma vez que as agências de viagem 'online' operam em toda a Europa.
Através da compra simulada de "dezenas" de viagens, com e sem bagagem e seguro, só de ida e de ida e volta, entre outros exemplos, a associação encontrou, especialmente no que toca aos preços, "muitas irregularidades", segundo a jurista da Deco, Carla Varela.
"Os preços que a Rumbo e a eDreams anunciam são sempre mais baratos do que os efectivamente cobrados", contou, explicando que no final da operação de compra é que estas agências dão a conhecer a cobrança de comissões de serviço, de gestão ou de reserva.
Em algumas simulações em agências de viagens, os técnicos da Deco depararam-se com preços mais baratos do que os anunciados pela própria transportadora aérea, um valor que a associação diz que se "vem a verificar não ser verdade".
Lusa/SOL