Segundo os regulamentos da União Europeia, aplicáveis à bolsa portuguesa, o supervisor dos mercados pode determinar a restrição temporária da venda a descoberto de "instrumentos financeiros em caso de diminuição significativa do respectivo preço".
O limiar que possibilita à entidade liderada por Carlos Tavares accionar este mecanismo está fixado na queda de 10% ou mais no preço das acções em causa, face ao preço do fecho da sessão bolsista da véspera.
Hoje, os títulos do BES desvalorizaram 10,57% para 0,347 euros, enquanto os papéis da Jerónimo Martins perderam 13,53% para 10,10 euros.
As acções do banco agora liderado por Vítor Bento voltaram a bater o mínimo histórico, no dia em que a instituição vai divulgar os resultados da actividade durante os primeiros seis meses do ano.
Já a retalhista divulgou hoje as contas semestrais, marcadas por uma queda de 12,4% do lucro para 145 milhões de euros.
Em termos de perspectivas para este ano, a Jerónimo Martins considerou que o ambiente muito competitivo e a forte deflação alimentar "terão impacto na rentabilidade do grupo prevista para este ano".
A proibição das vendas a descoberto das acções do BES e da Jerónimo Martins tem efeitos a partir das 00:00 de 31 de Julho até às 23:59 do mesmo dia.
Lusa/SOL