"O BES é um escândalo gigantesco, é um buraco financeiro gigantesco e tem tudo, se deixarmos, para ser um BPN cinco vezes maior", afirmou Catarina Martins, sublinhando que vamos continuar a ter a supervisão "mais pitosga de que há memória, que não vê nada".
A líder do BE falava no sábado à noite, na zona ribeirinha de Olhão, no primeiro de quatro comícios que o partido vai promover no Algarve, no qual falaram também a deputada Cecília Honório e Ivo Madeira.
"O Banco de Portugal, diga-se de passagem, continua tão perspicaz como no tempo do BPN. Ainda há meses dizia que estava tudo bem", ironizou, frisando que o banco que supervisiona o sistema bancário "não vê BCP, não vê BPP, não viu BPN e não viu BES".
Para a líder do Bloco, enquanto a lei não mudar e as "offshores" e a "promiscuidade" entre o poder financeiro e o poder político continuarem a existir, vai tudo continuar na mesma.
"E temos agora o governo a dizer que vai fazer novamente o que foi feito no BPN, o que este Governo jurou que não faria", afirmou, defendendo que a solução não deve ser a de por o "dinheiro de todos no buraco que alguns criaram".
Para Catarina Martins, não podem ser os contribuintes a "pagar as perdas da fraude de uma família" e não podem continuar a ser os que trabalham a pagar os "desmandos da banca".
Neste domingo, o Bloco de Esquerda promove um comício em Lagos e, no próximo fim de semana, em Portimão e em Monte Gordo.
SOL/Lusa