Finanças garantem que contribuintes não suportarão custos do financiamento

O Governo garantiu neste domingo que os contribuintes não terão de suportar os custos relacionados com o financiamento do BES e que a nova instituição será detida integralmente pelo Fundo de Resolução, segundo um comunicado do Ministério das Finanças.  

Finanças garantem que contribuintes não suportarão custos do financiamento

"Os contribuintes não terão de suportar os custos relacionados com a decisão tomada hoje. A nova instituição será detida integralmente pelo Fundo de Resolução", assegura o Governo.

A nota do Ministério liderado por Maria Luís Albuquerque salienta que "a medida aplicada ao BES assegura integralmente os depósitos, a prestação dos serviços bancários, os postos de trabalho e as relações comerciais que a instituição mantinha".

A solução de financiamento encontrada e hoje apresentada pelo Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, "um empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução a ser reembolsado pela venda da nova instituição e pelo sistema bancário, salvaguarda o erário público", refere o comunicado.

A partir deste momento, "os clientes do BES passarão a ser clientes de um novo banco, com capital e liquidez adequados, o que terá reflexos positivos em todo o sistema financeiro português", assegura o executivo, acrescentando que "accionistas, credores subordinados e também os membros ou ex-membros do Conselho de Administração com responsabilidades directas sobre os últimos eventos – e não os contribuintes – são chamados a suportar as perdas decorrentes da actividade bancária que não controlaram adequadamente".

Relativamente à decisão do regulador conhecida esta noite, sublinha o Governo que "foi tomada no quadro de um enquadramento legal, nacional e europeu, que responsabiliza e faz suportar as perdas da actividade bancária em quem beneficiou da mesma, mantendo o objectivo do reforço da estabilidade financeira".

A concluir, o comunicado das Finanças assevera que "o Governo continuará a acompanhar a execução das decisões hoje tomadas".

SOL/Lusa