Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o dirigente centrista Diogo Feio sublinhou que o regulador tinha três opções para lidar com a situação do BES: a nacionalização, a recapitalização pública e a opção tomada pelo Banco de Portugal.
A nacionalização, diz o CDS-PP, recorrendo ao BPN, "implica que o contribuinte paga o prejuízo", o que "seria um erro grave e profundamente injusto".
Já a recapitalização pública, diz Diogo Feio, está "hoje em dia muito limitada pelas regras europeias" e "também pode implicar a possibilidade de o Estado participar nos prejuízos".
A medida de resolução anunciada pelo Banco de Portugal, ao invés, "protege todos os depositantes, independentemente do valor dos depósitos, responsabiliza os acionistas, é certo, mas protege a sério os contribuintes".
"Acresce que [a medida] mantém a actividade do banco e dos seus trabalhadores, bem como o crédito à economia", reforçou o membro da comissão política nacional centrista.
"Em síntese, a medida tomada pelo Banco de Portugal é a mais aceitável", concretizou Diogo Feio, que diz entender o "sentido extremamente crítico da sociedade portuguesa face à sucessão de casos no sector financeiro".
O CDS-PP considera, "tendo em conta declarações do Banco de Portugal", que houve no BES "factos graves que reclamam da justiça uma intervenção séria e célere".
Lusa/SOL