Em comunicado, a Fenprof afirma que a prova foi "mais um capítulo da história de um ministro obcecado", acrescentando que "Nuno Crato persegue a sua canhestra obsessão por tudo quanto seja ou pareça 'exame'".
Para a estrutura que congrega sindicatos de docentes, que pede "respeito pelos professores", a prova "é famigerada, inútil, inaceitável".
"O que a Fenprof exige é que seja anulada e revogada a obstinação do ministro em a impor, mesmo no quadro rocambolesco e de inépcia política e técnica em que a tem querido impor", pode ler-se no comunicado, no qual se denuncia "uma obstinação vingativa contra quem se opôs" à prova.
A Fenprof reiterou, por isso, que "recorrerá e apoiará o recurso a todas as vias, judiciais e outras, para que nenhum professor ou educador seja prejudicado devido a esta prova, designadamente em relação à sua continuação em concurso (vinculação extraordinária ou contratação)".
"Isto diz respeito, desde logo, a quem não fez ou a quem não pôde fazer a prova. A via judicial será uma das possíveis, ainda que o ministro decida voltar ao ridículo de afirmar que existe 'judicialização da educação'. Não, o que existe é uma sistemática violação de quadros legais, por parte do MEC, não deixando alternativa a esse recurso", afirma a Fenprof.
Mais de 85% dos professores que realizaram a prova de avaliação, considerada devidamente válida, foram aprovados no exame, informou hoje o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).
Segundo os dados hoje divulgados, tiveram nota positiva 8.747 docentes, "o que corresponde a 85,6% do total de candidatos com provas classificadas", num universo de 10.220 provas realizadas.
O IAVE revela que 1.473 docentes reprovaram nesta prova, que permite o acesso à carreira docente de professores contratados, com menos de cinco anos de serviço.
As provas foram classificadas numa escala de 0 a 100 pontos e só ficaram aprovados no exame os candidatos que "tiveram nota igual ou superior a 50% da cotação total", indica o IAVE em comunicado.
De acordo com o comunicado de imprensa, a média das notas fixou-se nos 63,3 pontos.
A prova, para a qual se inscreveram 13.551 professores, foi realizada, em dois momentos, a 18 de Dezembro do ano passado e no passado dia 22 de Julho, em 206 escolas, dentro e fora do país, adianta o IAVE.
Lusa/SOL