Em comunicado enviado hoje, fonte oficial do ex-banqueiro afirma que Ricardo Salgado está a aguardar "pelas conclusões do relatório da auditoria forense realizada às contas do Banco Espírito Santo" que está a ser feita pelo Banco de Portugal.
A mesma fonte refere que o líder histórico do banco reserva para o fim desse processo o "direito de se pronunciar sobre as mesmas".
A mesma fonte indica que, só então, "quando o tempo e o contexto permitirem uma análise objectiva e serena do que precipitou a queda abruta do valor do BES e a consequente intervenção do Estado", é que Ricardo Salgado se vai pronunciar "sobre o que, na sua perspectiva, provocou esta crise e o seu desfecho".
O BES apresentou no primeiro semestre prejuízos de quase 3,6 mil milhões de euros.
Poucas horas depois, o Banco de Portugal disse que a auditoria forense, que já está em curso e que deverá estar concluída em Setembro, vai permitir "avaliar responsabilidades individuais", entre as quais as de Ricardo Salgado.
Caso se confirme que foram praticados ilícios, garantiu o Banco de Portugal, "serão extraídas as necessárias consequências em matéria contra-ordenacional e, porventura, criminal".
O BES, tal como era conhecido, acabou este fim-de-semana. O Banco de Portugal tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os activos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e activos tóxicos num 'banco mau' ('bad bank').
Lusa/SOL