A fusão com a operadora brasileira viria a dar muito que falar no ano seguinte. Além de ter sido muito contestada pelos pequenos investidores brasileiros, em Junho deste ano foi lançada uma ‘bomba’ que quase pôs a fusão em causa. Foi revelado que a PT tinha investido 900 milhões de euros em dívida de curto prazo na Rioforte, empresa do GES que poucas semanas depois pediu insolvência.
Esta aplicação foi assinada por Henrique Granadeiro e Luís Pacheco de Melo, administrador financeiro da PT. Depois de ter sido conhecido o ‘buraco’ de 900 milhões, foram vários os dedos apontados a Granadeiro e a exigir a sua demissão.
Uma das consequências deste negócio foi a redução da participação da PT – de cerca de 38% para 25,6% – no capital da nova operadora resultante da fusão. No entanto, a PT ficou com a possibilidade de aumentar essa participação nos próximos seis anos.
Depois de quase dois meses sob fogo, no dia 7 de Agosto, Granadeiro optou por apresentar a sua demissão, alegando, contudo, que não é culpado.
Na carta de renúncia, o gestor garantiu ter ficado "surpreendido" com a situação de incumprimento do BES para com a PT. SConvivo bem com os meus actos, mas não com os encargos e responsabilidades de outros". E a auditoria que está a ser realizada na PT às aplicações "evidenciará os processos e as causas do incidente e demonstrará que sempre agi no melhor interesse da PT", conclui.