Segundo a PSP, as duas mulheres terão abordado no passado mês de Janeiro, uma empregada fabril, de 41 anos, na via pública, e, "lendo-lhe as mãos, revelaram-lhe problemas de saúde e familiares".
A vítima terá ficado perturbada e cedeu ao pedido das desconhecidas, entregando-lhes bens no valor de cerca de dois mil euros, refere a PSP.
Na semana passada, a vítima voltou a encontrar as suspeitas, que estavam a vender peças de vestuário, em Ovar, e reconheceu-as, chamando a polícia ao local.
Aquando da sua abordagem pelos elementos policiais, uma das suspeitas deixou cair no chão um carrinho de linhas, um artigo que, segundo a PSP, é utilizado pelos autores deste tipo de crime para ludibriarem as vítimas e fazê-las crer de que são videntes.
As mulheres foram conduzidas à esquadra policial e, após revista, foram-lhes apreendidos três anéis, cinco brincos, uma medalha de um signo, um frasco de perfume, dois carrinhos de linhas, 11 dentes de alho, seis pontas de alecrim seco, uma caixa de palitos e cerca de um metro de papel higiénico.
Segundo a PSP, as suspeitas, que alegadamente fazem desta prática o seu modo de vida, escudando tal actividade na venda ambulante de vestuário, já tinham sido identificadas anteriormente por esta polícia, pela suspeita da prática do mesmo tipo de crime, em Vila Nova de Gaia e Tomar.
As alegadas burlonas foram constituídas arguidas e submetidas a Termo de Identidade e Residência.
Lusa / SOL