Há 30 anos, Carlos Lopes cortava a meta em primeiro lugar na maratona. Era a primeira medalha de ouro de Portugal – o atleta acabava a prova isolado, com a marca de 2h09m20,42s.
“Eu sei que se não fosse ele eu não era conhecido no atletismo e ele sabe que se não fosse eu não tinha sido campeão olímpico”, conta o treinador Moniz Pereira passados alguns anos, em lágrimas.
Aos 32 quilómetros, Lopes descolou do pelotão e fez a volta ao estádio sozinho.
O país ficou a pé de madrugada para ver a corrida. O hino de Portugal a entoar no estádio de Los Angeles fez correr as lágrimas a Carlos Lopes e a muitos portugueses.
Tinham razões para isso, os portugueses. Depois dessa vitória, só viram mais três medalhas de ouro – Rosa Mota (Seul 1988), Fernando Ribeiro (Atlanta 1996) e Nélson Évora (Pequim 2008).
SOL